O consumidor circula em um dos maiores shopping centers de São Paulo e observa uma série de lâmpadas piscando dentro de uma loja de sorvetes gourmet.
Ele para, observa o ‘pisca-a-pisca’ e, em seguida, recua.
Logo depois, um grupo de pessoas entra na sorveteria e um deles pergunta ao atendente se o problema com as lâmpadas tem a ver com a fiação ou decorre de um curto circuito.
O funcionário da loja não sabe responder.
As cenas citadas acima foram constatadas pelo varejoemdia.com em uma tarde de agosto numa sorveteria famosa no shopping Pátio Paulista.
Problemas com a iluminação parecem algo sem a menor importância para muitos lojistas, especialmente agora em que o país passa por crises econômica e política.
Especialistas em varejo asseguram, porém, que cuidar bem da iluminação pode ajudar a elevar o faturamento.
Falhas na iluminação, como a citada acima, com certeza “espantam” velhos e novos clientes.
“Uma luz piscando traz desconforto dentro de casa. Em uma loja, é um fator extremamente depreciativo”, afirma André Pinheiro, funcionário da área comercial da Omega Light.
E esse desconforto, diz ele, é sentido por pessoas que estão vendo o “pisca-a-pisca” de longe, potenciais clientes, e por aquelas que estão expostas à falha dentro da loja.
A Omega Light é especializada há 20 anos no mercado de iluminação, com projetos para lojas em geral, shoppings, indústrias e estabelecimentos do setor de serviços.
Loja da rede St. Marchet, na Ricardo Jafet
Crédito: Demian Golovaty/Divulgação
A iluminação é um fator de grande importância para o comércio, diz Pinheiro, especialmente porque realça as mercadorias expostas, chamando a atenção do consumidor.
Num momento em que está mais difícil o brasileiro abrir a carteira, os comerciantes não deveriam se descuidar da iluminação da loja, capaz de motivar uma compra.
“Um projeto adequado cria um clima de harmonia, integra o espaço físico com os produtos expostos e dá aconchego ao consumidor.”
No caso da sorveteria, muito provavelmente, diz Pinheiro, as lâmpadas ficaram piscando durante uma tarde toda, pelo menos, porque o funcionário não conseguia resolver a questão.
O gerente da loja não tomou as providências necessárias para resolver o problema o mais rapidamente possível, o que é considerado um erro na gestão da loja.
“Nem sempre o problema é uma simples troca de lâmpadas. Pode ser alguma falha na fiação e até mesmo falta de energia suficiente para as lâmpadas funcionarem de forma correta.”
ORIENTAÇÃO
A iluminação de uma loja é tão importante para a concretização de uma venda que o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) decidiu dar dicas para os lojistas.
Um ambiente mais agradável visualmente, de acordo com o Sebrae, faz com que o cliente permaneça mais tempo na loja, aumentando a probabilidade de vender mais.
* Realce o ambiente e os produtos
A sensação de bem-estar pode influenciar o comportamento de compra dos consumidores.
* Equilibre o uso das luzes
É preciso ter atenção para alguns produtos não ficarem no escuro, sem chamar a atenção de quem transita na loja ou no shopping, enquanto outros sofrem com o excesso de luminosidade.
Uma lâmpada errada pode distorcer a cor de um produto e irritar o consumidor que entra na loja buscando um item e encontra outro.
* Sustentabilidade
Usar lâmpadas com menor consumo de eletricidade e maior durabilidade é importante não só para os custos do negócio, mas para contribuir para um mundo mais sustentável.
* Consumidores
A iluminação pode fazer uma loja parecer mais ou menos sofisticada demais – ou seja, ao fazer um projeto é preciso levar em conta as características socioeconômicas dos consumidores.
Para especialistas do Sebrae, um ambiente popular fica mais atraente com uma luz mais clara, forte e uniforme, porque transmite a impressão de agilidade.
Em locais sofisticados, o uso da sombra é importante porque cria contrastes entre os objetos iluminados (em destaque) e os ofuscados.
LUZ “VERDE”
A Omega Light lançou uma nova luminária ecológica, feita a base de materiais recicláveis, após firmar uma parceria com o Boticário.
As embalagens plásticas de produtos da marca foram coletadas em lojas da rede, trituradas e enviadas para a Omega.
A luminária foi feita com 70% de produto reciclado e outros materiais.
Foto: shopping Riomar em Fortaleza (CE), com iluminação da Omega Light
Crédito: Mingrone Iluminação/ Divulgação