No mundo do vestuário, no qual a fast fashion (moda rápida) ganhou força nos últimos anos, o empresário japonês Tadashi Yanai se destaca em caminho oposto.

O sr. Ianai, fundador e diretor-executivo da Uniqlo, a principal marca da empresa japonesa Fast Retailing, decidiu focar o negócio em peças básicas.

Em entrevista à revista The Economist, edição de 9 de fevereiro de 2019, ele diz que as peças da coleção outono/inverno da Next, uma rede de varejo britânica, exibidas em um catálogo de 1987, podem ser usadas hoje.

Esse também é o cerne da Uniqlo, conta ele, que é o oposto do da rede espanhola Zara, que cresceu no mundo com a venda de roupas de moda e colocando novidades nas lojas todos os dias.

A Uniqlo, de acordo com a The Economist, está crescendo em mercados da Europa e da América, mas tem como prioridade a expansão na Ásia.

A meta de Ianai é transformar a Uniqlo na maior varejista de roupas com marca própria do mundo.

A uniqlo abrirá sua primeira loja na Índia este ano e está considerando a expansão para o Vietnã e outros países  – já abriu redes de lojas na Indonésia, Cingapura e Tailândia, de acordo com a The Economist.

As ações da Fast Retailing – Yanai possui pouco mais de 20% da empresa – vêm aumentando desde 2015, em grande parte, segundo analistas, devido à sua expansão internacional e melhoria da logística.

No Japão, ainda segundo a revista, a empresa está fechando lojas porque a população está encolhendo.

O lucro operacional da Fast Retailing no ano até agosto de 2018 foi de US$ 2,15 bilhões, a maior parte vem da Uniqlo, de acordo com a The Economist.

Escrito por Fátima Fernandes

Jornalista especializada em economia, negócios e varejo

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