A coleção de outono-inverno chegou às lojas em um dos maiores polos de confecções do país, localizado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.

Após enfrentar a maior crise da sua história, com início no segundo semestre de 2013, os comerciantes estão com projeções mais otimistas.

Eles acreditam na volta do crescimento de vendas em 2019.

“Com a expectativa de aprovação de novas regras para a Previdência e de ações para a redução de impostos, a impressão dos lojistas é que o país vai voltar a andar”, afirma Nelson Tranquez, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Bom Retiro.

A CDL do Bom Retiro representa pouco mais de mil confecções e lojas de atacado e varejo. A maior crise econômica e política que o Brasil já enfrentou atingiu fortemente a região.

Ruas como a José Paulino e Aimorés, que sempre foram as mais disputadas pelos lojistas, chegaram a ter dezenas de pontos vazios e sobra de vagas para estacionamento de veículos.

2019 começa um pouco diferente. Os imóveis para locação já estão mais raros e as lojas, menos vazias.

“Este ano está um pouco melhor, sim, na comparação com igual período do ano passado. Mas o lojista continua ainda muito cauteloso em relação a investimentos”, diz Tranquez.

Na comparação com o primeiro semestre de 2013, a produção de boa parte das lojas da região está entre 30% a 35% menor, assim como o número de funcionários.

“As lojas têm condições de elevar em cerca de 20% a produção e a venda sem fazer contratações. O número de funcionários só vai crescer, se a expansão de vendas for consistente”, diz Tranquez.

As peças de inverno estão chegando às lojas com preços iguais ou pouco superiores que os do ano passado.

Apesar de as vendas estarem contidas, diz ele, os preços dos tecidos nunca pararam de subir.

A combinação entre aumento de custos e vendas fracas contribuiu fortemente para o fechamento de dezenas de confecções na região.

Quem resistiu, diz Tranquez, deve viver dias melhores em 2019, se todas as medidas favoráveis ao crescimento do país que foram prometidas pelo governo forem concretizadas.

 

Escrito por Fátima Fernandes

Jornalista especializada em economia, negócios e varejo

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