O Índice Geral do E-Commerce (IGEB) registrou uma queda de 16% em janeiro deste ano em relação a dezembro de 2018.
Esse índice usa o processo de captura de dados da internet, extraídos de visitas a mais 21 milhões de sites brasileiros, em uma escala de zero a mil pontos.
Os quesitos considerados na pesquisa do índice são tamanho das peças, segurança e conveniência na compra pela internet.

Dos quatro pilares que compõem o índice, três registraram recuo: tamanho, segurança e conveniência.
- A maior queda de pontos do Índice Geral do E-Commerce Brasileiro deu-se no pilar tamanho, que recebeu, em fevereiro, 572 pontos, versus o escore máximo de 1.000 pontos, registrados em janeiro (relativos aos resultados de dezembro). A forte queda na pontuação de um mês para o outro reflete o término do aquecimento típico do final do ano, quando ocorre o pico das atividades de e-commerce.
- O pilar de conveniência (763 pontos) indicou queda em relação ao resultado anterior, de 1.000 pontos. Houve uma redução nas alternativas e facilidades para os clientes. O número de sites responsivos, prontos para serem acessados de qualquer tipo de dispositivo, caiu de 90% para 81,30%; o número médio de meios de pagamento disponibilizados nos sites caiu de 3,6 para 2,43; e menos de 1% dos sites conta com acessibilidade plena para deficientes.
- Em Segurança, a pontuação de 830 está aquém do desejável, ainda que tenha indicado um aumento em relação ao índice do mês passado, de 783,03. O resultado reflete a presença de certificado SSL em apenas 83,25% dos sites de comércio eletrônico. Esse número, que já foi superior a 90% no ano passado, está mais baixo devido à abertura de novas lojas nos últimos meses que não adotaram o certificado e em função do vencimento de certificados antigos, sem a devida renovação.
Vale lembrar que o índice de janeiro registra resultados colhidos em dezembro, ápice das movimentações do varejo online e, da mesma forma, o índice de fevereiro diz respeito aos dados colhidos em janeiro, época de férias escolares.
“O que vemos é que o e-commerce mantém-se crescendo a um ritmo forte, mas a qualidade do crescimento deixa a desejar. Muitas lojas online foram abertas ao final do ano e em janeiro; no entanto, uma parte expressiva abriu mão dos mecanismos de conveniência e de segurança, talvez em troca de maior velocidade para entrar no mercado”
Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigData Corp.
O índice é uma iniciativa conjunta do PayPal Brasil e da BigData Corp. para resumir, de forma simples e objetiva, a trajetória do comércio eletrônico no país. Detalhes sobre a composição do índice podem ser vistos no link.