A 45 dias do Natal, os lojistas brasileiros têm de lidar com um dos piores cenários para qualquer empreendedor: a instabilidade e a imprevisibilidade dos negócios.
No momento em que deveriam receber as mercadorias para vender em dois grandes eventos, a Black Friday e o Natal, os comerciantes travam discussões exaustivas com fornecedores.
O principal motivo é o aumento de preços em proporções que remetem a 2015, um ano antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando a alta do dólar chegou a 42%. Neste ano, o dólar subiu 32%.
A falta de matérias-primas e produtos prontos é outro problema enfrentado pelo comércio, justamente quando se aproxima o melhor período de vendas do ano.
E como será este final de ano? As famílias terão renda para ir às compras? Eis outra dúvida que tem tirado o sono dos comerciantes.
“A pressão está fora do normal. A indústria apresenta reajustes absurdos, de até 50%”, afirma José Domingos Alves, superintendente da Lojas Cem.