A poucos dias para o início do maior e mais importante evento mundial do varejo, NRF Retail’s Big Show, as expectativas só crescem.
Uma mistura singular de otimismo e medo permanece em nossas mentes neste início de 2021, como nunca foi experimentado.
Se o início da vacinação em diversos países ao redor do mundo nos anima, o número crescente de infectados e mortos nos assombram.
Se a transformação digital foi acelerada no setor, da mesma forma, vários negócios do varejo tiveram suas histórias abreviadas.
Particularmente, aqui no Brasil, o fim do auxílio emergencial e o desemprego batendo recordes, nos deixam céticos com uma recuperação mais rápida da economia (curva em “V”), mas, ao mesmo tempo, a abundância de recursos no mercado financeiro e os juros baixos levaram a Bolsa a alcançar incríveis 120 mil pontos.
O fato é que, independentemente se somos otimistas ou pessimistas, o varejo passou por profundas mudanças no último ano, e deve continuar este processo ao longo de 2021.
Apesar de tudo, os clientes continuam demandando produtos, serviços e experiências.
Não há dúvidas que a intensidade e a forma de consumir foram alteradas e são esses novos hábitos que precisamos conhecer, discutir e entender.
Assim, a extensa e relevante programação de palestras e debates da NRF Retail’s Big Show tornou-se ainda mais importante para que possamos nos preparar para os novos paradigmas que estão sendo construídos.
Como no poema de L.V. de Camões: “Todo mundo é composto de mudança…”, cabe a nós compreendê-las.
Gustavo Carrer é head de desenvolvimento de negócios na Gunnebo e editor do portal varejoemdia.com
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto. E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía. Luís Vaz de Camões, em "Sonetos"