Que há mais lojas fechando do que abrindo, ninguém mais tem dúvida. Basta andar pelas ruas e shoppings de todo o país para ver a quantidade de placas de ‘aluga-se’ e ou tapumes.
No Estado de São Paulo, a pandemia do novo coronavírus foi o principal motivo do fechamento de 20,3 mil lojas em 2020, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).
Este é o saldo entre lojas abertas e fechadas, com base em informações de comerciantes ao Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
Em 2015 e 2016, anos de crise econômica, a mortalidade de estabelecimentos comerciais foi ainda pior, com o fechamento de 30,7 mil e 29,9 mil lojas, respectivamente.
Em 2015, as vendas do comércio paulista caíram 5,9% e, em 2016, 7%, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), incluindo veículos e material de construção.
No ano passado, a queda de vendas foi de 3,2% no Estado de São Paulo. “É flagrante o impacto negativo da pandemia no comércio em todo o país”, diz Fábio Bentes, economista da CNC.
No Brasil, 75,2 mil lojas fecharam as portas no ano passado. O setor que mais sofreu foi o de vestuário, calçados e acessórios (22,29 mil).
O segundo lugar ficou com o setor de hipermercados e supermercados (14,38 mil), seguido por utilidades domésticas (13,3 mi).
O setor de supermercados, que foi um dos mais favorecidos em 2020, está entre os que mais fecharam estabelecimentos, diz Bentes, porque é o que possui mais pontos de venda.