Se tem algo que incomoda cada vez mais os brasileiros é o desperdício, especialmente o de alimentos, e num país onde 15% da população ainda convive com a falta diária de comida.
No setor de supermercados, fala-se em um índice de 1,9% sobre o faturamento bruto anual, da ordem de R$ 355 bilhões, o que daria uma perda de R$ 6,7 bilhões por ano.
De olho neste mercado, que pode ser muito maior se expandir também para restaurantes, surgiu o SuperOpa, um marketplace que administra a venda de produtos perto de expirar.
Em vez de ir para o lixo, os produtos são comercializados por meio de um aplicativo, o SuperOpa, com descontos que chegam a 70% para os consumidores.
O SuperOpa, que nasceu em 2018 na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), comemora os 100 mil downloads de seu aplicativo.
“A plataforma conecta com os consumidores indústrias, distribuidores, lojas, qualquer empresa que tenha problema com desperdício”, diz Luís Borba, sócio fundador.
O SuperOpa oferece três planos para as empresas interessadas em vender produtos que, por algum motivo, não tiveram giro tão rápido quanto o programado.
Ao optar pelo mais básico, o seed, o varejista, por exemplo, paga uma mensalidade de R$ 169 que lhe permite ter uma loja, com a sua cara, dentro do marketplace.
Neste caso, o produto é vendido e retirado no ponto de venda.
No plano ecossistema, que custa R$ 699 por mês, a loja vende e o SuperOpa se encarrega de levar a mercadoria até a casa do cliente.
Uma parceria com a Box Delivery permite a entrega em 500 cidades em 15 Estados.
No plano green stores, específico para distribuidores, a negociação é feita caso a caso, e a mensalidade depende de maior ou menor dificuldade para a integração com o consumidor.
Cerca de 120 empresas estão cadastrados na plataforma do SuperOpa, incluindo distribuidoras de alimentos e de produtos de beleza, supermercados, mercadinhos e até pet shops.