Um dos setores que mais sofreram com a pandemia, o de roupas para festa, comemora a volta dos eventos e, como consequência, dos clientes às lojas.
No Bairro do Bom Retiro, onde se concentram algumas dessas lojas, o movimento dos últimos meses fez alguns comerciantes até esquecerem dos quase dois anos sem faturar.
De setembro a novembro, a Lovissa, especializada em roupas para festas, vendeu, em determinados dias, até mais do que em igual período de 2019.
“A procura por roupas de festa voltou com tudo, o movimento está normal”, afirma Larissa Barros, vendedora da Madress, que comercializa vestidos de festa, localizada no Itaim.
O retorno dos eventos também reativou o mercado de aluguel de peças mais elegantes.
“A locação começou a melhorar a partir do final de outubro, mas não chega ao ritmo de 2019, até porque os eventos estão mais reduzidos”, diz Vera Lúcia Cícolo, sócia da D2K Vestidos.
O mês do Natal já começa, porém, frustrando as expectativas de lojistas. Assim que surgiu a notícia da expansão da variante Omicrôn, eventos voltaram a ser cancelados.
A Lovissa, que trabalha com vendas para o atacado e para o varejo, sentiu o efeito. “Lojistas começaram a postergar ou a reduzir os pedidos”, afirma Camila Cardoso, sócia da loja.
“Este mês está, de fato, mais fraco que os anteriores”, diz Larissa.
“Atualmente, atendemos entre 15 a 20 pessoas por semana para a locação. Antes da pandemia, eram entre 35 e 40 pessoas, semanalmente, ou até mais”, diz Vera Lúcia.
O vai e vem dos números não reflete somente a persistência do coronavírus por meio de variantes, de acordo com economistas e lojistas ouvidos pelo Diário do Comércio.