Aceitar cartão de crédito e ou débito é considerado um ‘mal necessário’ para muitos lojistas. Afinal, é melhor dar um pedaço da receita para as administradoras do que não vender.
Com a queda do poder de compra da população e a maior corrida por financiamento, um mercado que já foi robusto no passado volta a expandir no país: o de cartões próprios de lojas.
A DM Card, empresa que administra cartões próprios de cerca de mil varejistas no país, informa que a soma das faturas a receber de clientes de lojistas é hoje de R$ 800 milhões.
Antes da pandemia, este número era da ordem de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões.
Isso significa, de acordo com Juan Agudo, diretor da DM Card, que os comerciantes veem hoje no cartão próprio uma forma de financiar o cliente, estreitar o relacionamento e faturar mais.
A maioria dos mil clientes da DM Card é supermercadistas. A expectativa é que lojistas de outros setores sigam o mesmo caminho. E uma das principais razões é a seguinte:
Pesquisa feita pela empresa no final do ano passado revelou que de cada 100 clientes de supermercados, 73 desejam mais limite de crédito, o que não conseguem com os bancos.
“Há um apagão de crédito hoje no país, e os cartões próprios de lojas possibilitam que o cliente faça a compra para pagar somente no vencimento da fatura” diz Agudo.