Em um país com aproximadamente 10 milhões de desempregados, falar em dificuldade para preencher uma vaga de vendedor de loja soa até como blasfêmia.

Pior, quando os lojistas contratam alguém, já esperam que em três, quatro, no máximo seis meses vão ter de correr atrás de outro candidato.

Histórico no mundo do varejo, esse cenário piorou com a pandemia do novo coronavírus.

O turnover, a taxa de rotatividade de empregados do comércio, chega a 60% em um ano, em algumas redes. Com cem empregados, uma empresa troca 60 deles em 12 meses.

“Está muito difícil preencher uma vaga e, mais difícil ainda, achar um vendedor qualificado”, afirma Thiago Sitta, diretor da ABLOS, associação que reúne as lojas satélites de shoppings.

Com uma troca tão intensa no quadro de pessoal, os lojistas não conseguem empregar pessoas que ‘vistam a camisa’ da empresa e contribuam para elevar o faturamento.

Sitta, que é sócio da Remo Fenut, rede especializada em camisaria masculina, com 12 lojas, diz que a situação se agravou neste ano, mesmo com exigências mínimas para a contratação.

“Basta ter dente na boca e não ser analfabeto que estamos contratando”, diz ele, brincando. A rotatividade na Remo Fenut é de 60% em um ano.

O fato é que o varejo brasileiro carece de vendedores e de vendedores qualificados, aqueles que não perdem venda quando o cliente entra na loja.

Sem qualificação, o salário não sobe, tampouco o entusiasmo, o que leva o profissional a trocar de emprego constantemente.

Veja matéria completa

Escrito por Fátima Fernandes

Jornalista especializada em economia, negócios e varejo

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s