Dez entre dez especialistas em varejo recomendam ‘foco no cliente’, como a principal tática para o sucesso de um negócio, antes da tomada de qualquer decisão.
Foi-se o tempo em que os executivos davam sozinhos os caminhos das companhias. Este poder agora está nas mãos dos consumidores, capazes de levar uma empresa ao topo ou ao fracasso.
Sem cliente, não tem negócio. Mas tem outro público no mundo do varejo que precisa da mesma atenção, no mínimo, para que uma empresa atinja os seus objetivos: os funcionários.
‘Humanizar para prosperar: um olhar humano para a gestão de pessoas no varejo’, texto elaborado a partir do Fórum Varejo e Consumo, promovido pelo FGVcev – Centro de Excelência em Varejo da FGV – EAESP, faz um alerta para a importância dos empregados nos negócios.
A alta rotatividade sempre foi um dos principais desafios dos varejistas brasileiros, agravada pela pandemia do novo coronavírus, de acordo com lojistas ouvidos pelo Diário do Comércio.
Redes de lojas chegam a trocar 70% dos funcionários em um ano. Um terço das pessoas desistem do emprego após três meses, de acordo com consultorias em recursos humanos.
Se um vendedor não consegue permanecer mais de 12 meses em uma loja, o problema, muito provavelmente, pode estar na condução da gestão de pessoas.
“A cultura do comando e controle, eu mando e você cumpre, não funciona mais”, afirma Olegário Araújo, pesquisador do FGVcev, um dos autores e coordenador do texto.
O colaborador, diz ele, quer participar, ser ouvido, construir junto, pertencer à empresa.