As mudanças no comportamento de consumo nos últimos anos vão exigir das empresas de shopping centers e dos lojistas uma nova maneira de enxergar e tocar o negócio.
A relação de locação de espaços entre as partes deve evoluir para o conceito de marketing estratégico, com atuação conjunta de administradores de empreendimentos e comerciantes.
Isso significa um trabalho muito mais voltado para parcerias, com ações para atender as novas demandas dos clientes, do que numa simples relação entre locador e locatário.
O consumidor mudou e os shoppings precisam se transformar em ‘hubs’ de marcas para realizar parcerias, ações, eventos conjuntos, não de forma isolada.
A análise é do arquiteto Júlio Takano, fundador e CEO da Kawahara Takano Retailing, empresa especializada em arquitetura de negócios e ecossistemas de varejo.
O processo de refazer a relação entre os centros comerciais e os lojistas, diz, pode partir das empresas de shoppings, mas os lojistas também podem apresentar sugestões, soluções.
“Por que uma agência de viagem não pode ter em seu espaço uma loja de malas, um show room para mostrar a primeira classe de um avião, produtos necessários para viagens?”
De acordo com Takano, virão anos difíceis para o varejo, o que já é possível ver a partir do momento em que redes tradicionais do país enfrentam graves problemas financeiros.